domingo, 6 de novembro de 2016

“DIREITOS”

Vamos falar de “Direitos”. Pelo simples fato de nós termos nascidos sob a égide da espécie humana, a nós têm de ser concedidos quatro instâncias de direitos, por natureza: o civil, de sermos reconhecidos como pessoa humana, o social, de termos condições para desenvolver esta vida; o político, para que possamos conviver com os nossos pares; e o humano, que é o de não termos os demais direitos violados. Ora, pensando de forma nua e crua e bem rasante, ter direito é podermos usufruir dos bens materiais e culturais para que a vida transcorra de maneira honesta e limpa. Acontece, porém, que não vivemos sozinhos. Há mais de uma centena de milhões de outras pessoas humanas como os mesmos direitos que os nossos. Então, de onde o EU tira a ideia de que o seu direito tenha de sobressair sobre os demais? Quem intitulou o EU juiz das causas humanas? Quem revelou ao EU que ele deveria apontar quem deve viver ou não? Dirá o EU, para apaziguar a sua consciência [ou a falta dela!], que foram os parâmetros do certo e do errado, do bom e do ruim, do bonito e do feio. E do ato de o EU colocar junto ao lado das segundas prerrogativas, esses casos serão considerados impróprios à humanidade. Assim, o EU terá aplacado a sua fúria e reestabelecido a harmonia até que outro foco surja e seja eliminado, estabelecendo um círculo vicioso. Não bastaria ao EU justificar que foi em prol da humanidade porque também ele ali está incluído, e enquanto se faz para ela, também o faz por si, ou antes, até, se faz primeiro por si, para reforçar o EU e depois para a humanidade, para que esta o contemple. E para nós da Área de Humanas: até quanto o EU influencia em nossos julgamentos? O que temos perdido em razão deste EU inflado? Pense nisso
14/06/16_Fbandeira

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