domingo, 30 de outubro de 2016

"RESPEITO”

Aprendido desde a tenra idade com os mais velhos, o “ter respeito” parece indicar uma condição mínima para convivência social. E por qual motivo esse termo ganha tamanha importância na sociedade? A começar pela sua origem, respectus (latim) é uma condição para olhar de novo (re+spectum). Quando se tem respeito por algo ou alguém, necessariamente se é impelido a olhar este objeto com deferência, como que o tirando do meio da turba e o colocando em lugar de destaque. Talvez seja esse o motivo de os mais antigos pedirem que se “tenha mais respeito” diante de alguém, situação ou coisa. O “Respeito” é, por assim, dizer uma internalização daquilo que externo, ou em outras palavras, o respeito nasce das palavras, é traduzido em gestos e guardado na formação da pessoa. Não deveria existir pessoa que não mereceria respeito, porque todas elas precisam ser vistas duas ou mais vezes para serem entendidas; no entanto, há uma confusão generalizada entre “ter respeito” e “aceitar”. Embora quem “aceita”, “respeita”; nem sem sempre o é verdadeiro se partimos do “respeito”. Deste modo, não é porque se “respeita” alguém é que tem de “aceitar” tudo o que ela faz. Neste caso, porque se “olha duas ou mais vezes” para esta pessoa, pode-se chegar à conclusão de suas ações não são cabíveis àquela situação e torna-se impreterível uma intervenção. A despeito de “respeitar” não implique em “aceitar”, implica necessariamente “não hostilizar”, “nem discriminar” alguém pelas atitudes ou escolhas. Em sentido positivo, ter “respeito” é mostrar o quão nobre são as próprias ações, independentes da situação ou pessoa à sua frente. E você, como você tem demonstrado sua nobreza? Pense nisso.

05/04/16_Fbandeira

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